Ainda de acordo com as fontes da Dexerto, os valores em dívida para cada um dos jogadores poderão rondar os 200-300 mil dólares. A peça refere que Tim "nawwk" Jonasson é um dos nomes que poderá estar em vias de avançar com procedimentos legais, dado que o AWPer acredita que os contratos dão esse direito aos jogadores.
A Dexerto teve acesso à cláusula do contrato que está a gerar este caso. Por lá, pode ler-se que a equipa deve receber 16.67% do valores dos stickers de equipa, enquanto os jogadores devem receber 83.33%. Mais ainda, os atletas devem “alocar 2% [desse valor] para um fundo de marketing dedicado à equipa de CS:GO.” Já no caso dos stickers individuais, que não existiram nesse Major cancelado, o valor é de 100% para os jogadores.
Latest for Dexerto: NiP in dispute with current and former players over CS:GO sticker money. https://t.co/Jc2Jbxj5zF
— Richard Lewis (@RLewisReports) May 17, 2022
Um dos grandes problemas deste caso é o facto de a NIP “não acreditar que esta cláusula a obriga a pagar aos jogadores”, conforme se pode ler na Dexerto. Aparentemente, o clube acredita que a intenção da Valve é que as organizações fiquem com todo o valor dos stickers do Rio como um “alívio financeiro” em resposta à pandemia de covid-19.
Como se não bastasse, a Dexerto teve ainda acesso a uma mensagem do COO Jonas "calc" Gundersen num grupo de jogadores da NIP. Nesse texto, calc reitera que o clube acredita que os stickers de 2020 foram feitos para manter a saúde financeira das organizações, embora admita que tem conhecimento de equipas que tratam isto de forma diferente, dando algum valor aos atletas. Nas palavras de calc, esta foi a decisão feita para que salários e o negócio se mantivessem intactos.
De recordar, esta não é a primeira vez que a NIP se vê envolvida num caso do género. Em 2019, como relembra a Dexerto, Robin “Fifflaren” Johansson falou publicamente sobre o facto de mais de 340 mil dólares em stickers estarem em dívida aos jogadores. Como resultado, o então CEO Per Lilliefelth saiu dessa posição no clube.
Não é de conhecimento público a distribuição monetária que os clubes fazem em casos como este. No entanto, a Dexerto refere que as organizações pagam “a totalidade ou uma parte considerável aos seus jogadores.”